quinta-feira, 16 de maio de 2013
Clubes de futebol investem no vôlei para disputar Supercopa BB
A Supercopa Banco do Brasil parece ter mesmo vindo para ficar. Após a realização da etapa Cerrado, que acabou com vitória do Monte Cristo, de Goiás, a competição terá mais cinco etapas ocorrendo ainda neste mês de maio. A principal curiosidade é que diversos clubes do país, mais conhecidos por seus times de futebol, resolveram investir no voleibol para disputar o torneio.
Para se ter uma ideia, a etapa Litoral, que ocorrerá de 22 a 26 de maio, em Maceió, contará com cinco equipes, sendo três oriundas de clubes de futebol (Vitória, CRB e Náutico). Na etapa Amazônia destaque para o Rio Negro, enquanto a etapa Mata Atlântica contará com a presença do tradicional Botafogo, do Rio de Janeiro, além do Rio Branco, de Americana.
Não se pode negar que os clubes de futebol chamam muito mais a atenção de patrocinadores e mídia do que as equipes de voleibol. A união entre os esportes pode acabar em sucesso ou um tremendo fracasso e exemplos não faltam, porém o que se vê atualmente é que alguns clubes estão sendo administrados por pessoas mais capacitadas profissionalmente.
O Cruzeiro é um exemplo positivo, que através de uma parceria com a empresa Sada, conseguiu manter um projeto forte sem precisar envolver o futebol, ou seja, o resultado em campo não interfere na quadra. O Botafogo é um exemplo de equipe que sempre apostou no seu voleibol de base e por isso nunca deixou de disputar um campeonato estadual. Interesse de disputar uma Superliga existe, mas apenas com um suporte disposto a bancar o projeto inteiro e não ser apenas um nome na camisa.
No nordeste, o Vitória faz um trabalho de base importante e em parceria com a Faculdade Social da Bahia consegue anualmente colocar seu time na Liga Nacional. CRB e Náutico parecem ir pelo mesmo caminho, porém nesses casos um patrocinador é fundamental e a região é prejudicada pela falta de visão do empresariado local.
Ary Graça, hoje presidente da Federação Internacional de Vôlei, disse uma vez que não gostaria de ver clubes de futebol misturados ao vôlei. Talvez essa resposta tenha sido dada levando em conta a péssima administração de algumas equipes no passado, porém cabe a entidade nacional, no caso a CBV, observar de perto quem tem condições de segurar um projeto e não apenas aparecer com milhões dizendo que tem um time.
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